quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

ANSEIOS DO INFINITO




- Quando a gente está triste demais, gostamos do pôr do sol..."

Trecho do Livro " O Pequeno príncipe" de Saint Exupéry

Esta passagem do Pequeno Príncipe me questiona e impressiona ao mesmo tempo.
Há uma tristeza que se confunde com melancolia, com saudade, com nostalgia... mas de quê?

- Do infinito que mora dentro da gente e é sufocado pelas preocupações terrenas, na luta voraz pela sobrevivência?

Atrás de um "pôr do sol" há horizontes que nossos olhos não atingem.
Apenas o coração é capaz de chegar até lá.

Nossas insatisfações constantes não seriam uma busca, consciente ou inconsciente, do ETERNO para o qual encaminhamos nossos passos e que,  inevitavelmente nos aguarda?

E DEUS, não tem ele uma palavra a me dizer, nessa agitação em que não encontro paz que minha alma tanto anseia?

Nos momentos em que estou a sós comigo, parece que uma ESTRANHA SAUDADE toma conta de mim, saudade de alguém que nem sei ao certo quem é e se merece todo esse meu sentimento.

Saudade que ao mesmo tempo é esperança-de-encontro com tudo aquilo que a terra não pode me dar.

E fico imaginando, como seria bom um oásis de paz!
Como seria bom, encontrar as resposta para as inquietudes do coração!

Como seria bom, se a tristeza acabasse!
E a alegria fosse infinita!...

Tudo isso, e muito mais esconde-se atrás do "pôr do sol" do Pequeno príncipe.

A nostalgia de quem se sente estranho em terra que é sua e também não é.
A sensação de peregrino na instabilidade de uma vida que é breve e incerta...

Tudo isso questiona a minha descrença.
Arrasa minha auto-suficiência.
Derruba minha pouca sabedoria.
E de mãos vazias, dou pequenos passos para o infinito.

Para onde estou caminhando?...
Quem me apontará o caminho certo?...

Só o TEMPO responderá.

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